Yara Tupynambá acompanha retorno de painel histórico ao Plenário da Câmara
Presidente Gabriel anunciou que pretende fazer da CMBH uma grande galeria para expor obras de arte e documentos sobre a trajetória da cidade
Foto: Bernardo Dias/CMBH
A convite do presidente Gabriel (sem partido), a artista plástica mineira Yara Tupynambá visitou a Câmara Municipal nesta quinta-feira (5/1), junto com a secretária municipal de Cultura, Eliane Parreiras, para acompanhar o retorno do grandioso painel sobre a história de Belo Horizonte, pintado em 2010, ao seu lugar original de destaque, o Plenário Amynthas de Barros. Desde a reforma do espaço, em 2017, o mural “Belo Horizonte: do século XVIII ao século XXI” foi transferido para o hall de entrada do Legislativo. A artista também conheceu outros espaços da Casa que poderão abrigar obras de arte, conforme anunciado por Gabriel, que pretende transformar a Câmara em um grande museu, que exibirá também documentos sobre a trajetória da cidade até então fora do acesso público.
“É uma honra ver essa recolocação do mural no lugar devido. Os vereadores precisam conhecer essa história”, afirmou Yara. A renomada artista mineira explicou em detalhes as referências usadas para pintar as sete cenas expostas no mural de 24m². O painel retrata o primeiro bandeirante que não veio atrás de ouro, João Ortiz, mas para plantar roças e criar gado; a construção das primeiras propriedades rurais, da Igreja da Boa Viagem e da Rua Sabará, e a comissão construtora da “primeira cidade planejada". Já o segundo painel registra os operários e os imigrantes; o anjo da justiça conduzindo as reivindicações do movimento feminista e dos jovens, o ideal de democracia; e, por fim, a criação da Câmara dos Vereadores e a idealização de uma cidade onde crianças possam brincar em paz. Ela contou que a obra, solicitada pela então presidente da Casa Luzia Ferreira, ficou pronta em cinco meses.
Durante o tour, Yara elogiou a escultura de Wilde Lacerda, exposta no hall de entrada, e chamou a atenção para a falta de identificação da obra. Além de propor a realização de exposições de obras de artistas mineiros como Guignard, Otto Lorenzato, entre outros, a artista ainda sugeriu a produção de peças gráficas com memória descritiva para que as pessoas saibam do que se trata. Yara salientou a importância para o artista de ter suas obras expostas e lembrou que dedicou sua vida a pintar “coisas especialmente voltadas para Minas Gerais”.
Gabriel anunciou que, além de retornar com o mural para o Plenário, pretende transformar a Câmara em um grande museu, expondo não apenas obras de arte nos mais variados espaços, como também parte da memória da construção da cidade. “A ideia é oferecer ao público acesso a importantes documentos e mapas que contam a história da cidade”, afirmou. Para isso, contará com a parceria da Secretaria Municipal de Cultura, que deverá fornecer o material que se encontra guardado em museus públicos.
O presidente anunciou que pretende criar cartões postais do painel “Belo Horizonte: do século XVIII ao século XXI” em dimensões proporcionais para distribuir aos visitantes.
Superintendência de Comunicação Institucional