PATRIMÔNIO CULTURAL

Painel de Yara Tupinambá que fica no Plenário e conta história de BH é tombado

No dia em que comemora 126 anos, cidade ganha como presente tombamento definitivo da obra 

terça-feira, 12 Dezembro, 2023 - 12:30

Foto: Abraão Bruck/CMBH

No dia do aniversário de BH (12/12), a Câmara Municipal informa que o painel da artista Yara Tupinambá, “Belo Horizonte: do século XVIII ao século XXI”, localizado no Plenário Amynthas de Barros, conquistou o tombamento definitivo. Com isso, a obra não poderá ser destruída, demolida, pintada ou restaurada sem a prévia autorização do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do município de Belo Horizonte. 

Pintado em 2010, o painel estava no hall de entrada da Câmara Municipal desde 2017, em função da reforma do Amynthas de Barros. A partir de 5 de janeiro deste ano, por determinação do presidente da CMBH, vereador Gabriel (sem partido), retornou ao Plenário.

A obra, que ficou pronta em cinco meses, tem 24 metros quadrados e retratam sete cenas. A primeira parte do painel retrata o primeiro bandeirante que não veio atrás de ouro, João Ortiz, mas para plantar roças e criar gado; a construção das primeiras propriedades rurais, da Igreja da Boa Viagem e da Rua Sabará; e a comissão construtora da “primeira cidade planejada". 

Já a segunda parte registra os operários e os imigrantes; o anjo da justiça conduzindo as reivindicações do movimento feminista e dos jovens, o ideal de democracia; e, por fim, a criação da Câmara dos Vereadores e a idealização de uma cidade onde crianças possam brincar em paz. 

Exposição segue aberta ao público

A artista Yara Tupinambá também é homenageada na Câmara Municipal de Belo Horizonte com a exposição “Belo Horizonte da Yara”, aberta em 5 de outubro, durante a inauguração do corredor cultural Alberto da Veiga Guignard.

Sessenta e dois quadros do acervo da artista plástica, bem como peças de cerâmica de sua autoria desvelam ao público a beleza e a relevância da obra dessa que é uma das mais importantes figuras da cultura brasileira. A exposição  também conta com objetos, livros e recortes de jornais que narram a trajetória da artista, que foi uma das mais brilhantes alunas de Alberto da Veiga Guignard, pintor e professor que dá nome ao Corredor Cultural da Câmara.

As obras são de diversas fases da artista, incluindo acervo das décadas de 1950 e 1960, produzidas com diferentes técnicas, como nanquim sobre papel, desenho sobre Eucatex e serigrafia, esta última, usada para representar mulheres importantes na História de Minas Gerais.

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